Descobertas foram feitas após a divulgação de novos documentos obtidos por Edward Snowden.
Novos documentos obtidos por Snowden revelam que governos espionaram e-mails e dados pessoais de milhões de pessoas.
REUTERS/Glenn Greenwald/Laura Poitras/Courtesy of The Guardian/Handout via Reuters.
Os serviços de inteligências dos Estados Unidos e do Reino Unido teriam conseguido monitorar dados pessoais, transações online e e-mails de milhões de pessoas com a intenção de "proteger" essas informações.
É o que revelam novos documentos expostos pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden ao jornal britânico Guardian.
De acordo com a publicação, os documentos mostram que houve uma série de métodos para que os ataques sistemáticos e contínuos fossem realizados, o que foi visto como uma das maiores ameaças à capacidade de acesso ao tráfego online.
Tais ações incluem medidas secretas de controle da NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos) para a criação de padrões de codificação internacional com o uso de supercomputadores capazes de quebrar criptografias com "força bruta" e — o segredo mais bem guardado de todos — com colaboração com empresas de tecnologia e até mesmo dos próprios prestadores de serviços de internet.
De acordo com a publicação, os documentos mostram que houve uma série de métodos para que os ataques sistemáticos e contínuos fossem realizados, o que foi visto como uma das maiores ameaças à capacidade de acesso ao tráfego online.
Tais ações incluem medidas secretas de controle da NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos) para a criação de padrões de codificação internacional com o uso de supercomputadores capazes de quebrar criptografias com "força bruta" e — o segredo mais bem guardado de todos — com colaboração com empresas de tecnologia e até mesmo dos próprios prestadores de serviços de internet.
Por meio destas parcerias, as agências de vigilância têm aberto vulnerabilidades escondidas em softwares de codificação comercial.
Os documentos, divulgados na quinta-feira (5) pelo Guardian em parceria com o The New York Times, também revelam que um programa da NSA contra tecnologias de criptografia teve um importante avanço, em 2010, que é capaz de coletar "grandes quantidades" de dados por meio de cabos de internet.
A NSA também gasta cerca de R$ 581 milhões (US$ 250 milhões) por ano em um programa que, entre outros objetivos, trabalha com empresas de tecnologia para "influenciar secretamente" seus projetos de produtos.
Os documentos, divulgados na quinta-feira (5) pelo Guardian em parceria com o The New York Times, também revelam que um programa da NSA contra tecnologias de criptografia teve um importante avanço, em 2010, que é capaz de coletar "grandes quantidades" de dados por meio de cabos de internet.
A NSA também gasta cerca de R$ 581 milhões (US$ 250 milhões) por ano em um programa que, entre outros objetivos, trabalha com empresas de tecnologia para "influenciar secretamente" seus projetos de produtos.
Além disso, a agência descreve seus programas de decodificação como "o preço para que os EUA mantenham o acesso irrestrito e o uso do ciberespaço".
A instituição de espionagem de comunicações do governo do Reino Unido, a GCHQ, também tem trabalhado para desenvolver formas de decodificar o tráfego de informações dos grandes prestadores de serviço na internet: Hotmail, Google, Yahoo e Facebook.
A instituição de espionagem de comunicações do governo do Reino Unido, a GCHQ, também tem trabalhado para desenvolver formas de decodificar o tráfego de informações dos grandes prestadores de serviço na internet: Hotmail, Google, Yahoo e Facebook.
As agências insistem que a capacidade de derrotar tais codificações é vital para as suas missões de contra-terrorismo e espionagem estrangeira.
No entanto, empresas de tecnologia afirmam que trabalham com serviços de inteligência apenas quando são legalmente obrigadas a fazê-lo. Recentemente, o Guardian revelou que a Microsoft colaborou com a NSA para burlar a codificação dos e-mails do Outlook.com e serviços de bate-papo.
A empresa insistiu que foi obrigada a cumprir "exigências legais atuais ou futuras " ao projetar seus produtos.
Os documentos mostram que as agências já alcançaram outro dos objetivos estabelecidos: influenciar as normas internacionais sobre as quais se baseiam os sistemas de codificação.
Ainda foi revelado que o Centro de Soluções Comerciais da NSA — o organismo por meio do qual as empresas de tecnologia podem ter seus produtos de segurança avaliados e apresentados a potenciais compradores do governo — tem outro papel mais obscuro.
Ele é usado pela NSA para "alavancar sensíveis relações de cooperação com parceiros específicos da indústria" de informação para inserir vulnerabilidades em produtos de segurança. Agentes foram avisados que este dado deveria ser mantido em segredo.
Autoridades de inteligência pediram aos jornais que não publicassem tais revelações.
Entretanto, a decisão de que o conteúdo deveria ser publicado foi unânime devido ao valor do debate público sobre as ações do governo que enfraquecem as mais poderosas ferramentas para proteger a privacidade dos usuários de internet nos EUA e no mundo.
Fonte: R7
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