A reportagem aponta que, na província de Santa Fe, o centro da indústria argentina de soja, as taxas de câncer são de duas a quatro vezes mais altas que a média nacional. Apesar da proibição pela província do uso de pesticidas a menos de 500 metros das áreas povoadas, a AP descobriu evidências de que químicos tóxicos são usados a apenas 30 metros das residências.
“A mudança no modo como a agricultura é produzida trouxe, francamente, uma mudança no perfil das doenças”, afirmou à AP o pediatra Medardo Avila Vazquez. “Nós passamos de uma nação bastante saudável a uma com taxas altas de câncer, defeitos congênitos e doenças raramente vistas antes”.
Plantação de soja na Argentina: país é o terceiro maior produtor no mundo.
Em resposta às reclamações, a presidente Cristina Kirchner criou em 2009 uma comissão para estudar o impacto de agrotóxicos na saúde humana. O relatório oficial pediu por “controles sistemáticos de herbicidas e seus componentes (…)
Assim como exaustivos estudos em laboratório e em campo envolvendo formulações contendo uma substância química chamada glifosato, considerada quase inofensiva a seres humanos, e suas interações com outros químicos que são usados em nosso país”. Entretanto, a última reunião do comitê foi em 2010.
A AP entrevistou o camponês Fabian Tomasi, que trabalhou bombeando pesticidas sobre plantações e, agora, sofre de problemas neurológicos. “Eu preparei milhões de litros de veneno sem nenhum tipo de proteção, sem luvas, máscaras ou roupas especiais”, afirmou. “Eu não sabia de nada. Só fiquei sabendo depois o que isso fez comigo, depois que contatei cientistas”.
O pesticida químico da Monsanto, Roundup, contém glifosato. A AP descobriu que esse composto está sendo usado na Argentina em uma série de maneiras que são “inesperadas pela ciência reguladora ou especificamente proibidas pela legislação vigente”.
Em resposta à pesquisa da agência, a Monsanto divulgou um comunicado dizendo que “não tolera o uso indevido de pesticidas ou a violação de qualquer lei de pesticidas, regulamento ou decisão judicial”. “A Monsanto leva a administração de produtos a sério e nós nos comunicamos regularmente com nossos clientes sobre uso adequado dos nossos produtos”, afirmou o porta-voz Thomas Helscher, em nota.
Funcionário prepara pesticida da Monsanto para uso nas plantações com proteção adequada; falta de precaução pode causar doenças.
Na reportagem, a AP afirma que pode ser impossível provar que um composto químico específico causou a doença de um indivíduo.
Mas, médicos consultados têm cada vez mais pedido por pesquisas mais amplas, a longo prazo e independentes, dizendo que os governos deveriam fazer a indústria provar que agrotóxicos acumulados não estão deixando as pessoas doentes.
A Argentina foi um dos primeiros países a adotar a biotecnologia da Monsanto para aumentar sua produção agrícola. Com esses produtos, o país se tornou o terceiro maior produtor de soja no mundo. Atualmente, as plantações de soja são inteiramente modificadas pelos produtos químicos, assim como a maior parte das de milho e algodão.http://operamundi.uol.com.br/conteudo/no...ntina.shtm
Se as coisas na Argentina não estão boas, nossa situação é ainda pior;
Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos
Trabalhador aplica agrotóxico em plantação. Foto: http://www.revistaplantar.com.br
Mais da metade dos estabelecimentos agrícolas que usam agrotóxicos não recebem assistência técnica para a prática
Isadora de Oliveira
O consumo de agrotóxico no Brasil aumentou significativamente entre 2000 e 2010. Enquanto o mercado mundial de agrotóxicos cresceu 93%, o brasileiro cresceu 190%. A diminuição dos preços dos agrotóxicos, que são isentos de imposto, é a principal causa dos 953 milhões de litros de agrotóxicos pulverizados em 2011 no Brasil.
Além disso, houve aumento no plantio de soja, que está entre as lavouras que mais precisam de agrotóxicos, o que corresponde a 40% do total utilizado no país.
Um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado por agrotóxicos, segundo análise de amostras coletadas em vinte e seis estados brasileiros, em uma pesquisa realizada pela ANVISA.
Essa mesma pesquisa mostra quais são os alimentos mais contaminados por agrotóxicos no país, destacando-se na primeira posição o pimentão (91,8%), seguido pelo morango (63,4%), pelo pepino (57,4%) e pela alface (54,2%). Já o Mato Grosso destaca-se como o maior consumidor de agrotóxicos do país (18,9%), seguido por São Paulo (14,5%).
Apesar de esses dados serem preocupantes, Claudio Aparecido Spadotto, doutor e pesquisador do EMBRAPA, esclarece que o prejuízo à saúde das pessoas depende da combinação entre concentração e toxidade, é por esse motivo que é calculado em laboratório o Limite Máximo de Resíduo – LMR permitido em cada agrotóxico.
Acidente com agrotóxico
Na sexta-feira dia 3 de maio, 37 pessoas foram intoxicadas após um avião despejar agrotóxico perto de uma escola municipal em São José do Pontal, na zona rural de Rio Verde em Goiás. As vítimas foram levadas a um hospital da região, pois estavam vomitando, com dores de cabeça e irritação na pele.
Escola rural atingida pelos agrotóxicos pulverizados pelo avião em Goiás. Foto: TV Anhanguera
Três pessoas foram presas, entre elas o piloto do avião, que alega não ter visto que na região havia uma escola. O dono do avião, o piloto e outro funcionário da Eurotex serão investigados por crime ambiental, lesão corporal e uso irregular de agrotóxico, pois a embalagem do agrotóxico informava que ele é proibido de ser aplicado de forma aérea.
Os últimos dados divulgados pelo IBGE indicam que 56,3% dos estabelecimentos agrícolas que utilizam agrotóxicos não recebem assistência técnica para essa prática, o que resulta muitas vezes em acidentes.
Nos estabelecimentos onde houve aplicação de agrotóxicos, 77,6% dos responsáveis declararam ter ensino fundamental incompleto ou nível de instrução menor, incluindo os 15,7% que não sabem ler e escrever.
De tal forma, os trabalhadores do meio rural encontram dificuldades para entender o que está escrito nas embalagens dos agrotóxicos, fato que potencializa o risco de intoxicação.
O uso do agrotóxico também poderia ser evitado se técnicas como a rotação de cultura e o controle biológico fossem mais divulgadas, pois apenas 12,4% dos trabalhadores rurais fazem rotação de cultura e 1,3% utilizam o controle biológico.
Além disso, somente cerca de 20% dos trabalhadores agrícolas utilizam proteção, como o chapéu e a bota para aplicarem agrotóxicos, o que também é motivo de intoxicação.
Segundo Claudio Spadotto, os agrotóxicos são utilizados na agricultura para diminuir ou mesmo eliminar os danos e as perdas causadas por doenças, pragas e plantas daninhas. O grande problema não é usar o agrotóxico e sim como usá-lo, pois quando aplicado de maneira irregular pode causar acidentes, como intoxicar pessoas, terra e a água dos animais.
A Lei nº 9.974 regulariza as atividades dos prestadores de serviço, usuários, registrantes, produtores e comerciantes relacionadas ao uso de agrotóxicos e pune aqueles cuja ação tenha causado danos à saúde das pessoas e do meio ambiente.http://www.mundodigital.unesp.br/webjorn...rotoxicos/
OS 10 ALIMENTOS MAIS CONTAMINADOS POR AGROTÓXICOS
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, analisou diversos legumes, frutas e vegetais para ver o quão contaminado eles estavam. Entre as amostragens analisadas, os alimentos que foram contaminados com uma frequência maior foram:
Se puder, opte pelo alimentos orgânicos, hoje em dia é possível encontrar verduras, legumes, frutas, óleos, carnes, ovos, e até cervejas e vinhos orgânicos;
Orgânicos apresentaram em média 63% a mais de cálcio, 73% a mais de ferro, 118% a mais de magnésio, 178% a mais de molibdênio, 91% a mais de fósforo, 125% a mais de potássio e 60% a mais de zinco.
Desvantagens:
Apesar de ainda custarem mais caro que os alimentos convencionais, a tendência é que o preço dos orgânicos abaixe, uma vez que a produção e o consumo vêm aumentando;
A aparência desses alimentos não é tão boas quanto os alimentos convencionais, devido à cultivação ser de forma natural, e geralmente, os alimentos tendem a serem menores, com cores menos chamativas. As cascas podem apresentar manchas devido aos ataques de insetos.
Onde encontrar: É facilmente encontrado em lojas de alimentos naturais e em grandes redes de supermercados.
Como saber se um alimento é orgânico: Procure sempre pelo selo de qualidade, emitido por certificadoras reconhecidas pelo Ministério da Agricultura.
Mas o ideal mesmo é ter uma horta em casa e, mesmo quem mora em apartamento, é possível fazer uma pequena horta vertical, re-utilizando garrafas pet. Em outro post, vou selecionar algumas ideias interessantes.
Fonte: Fórum Anti Nova Ordem Mundial
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