Manifestantes seguram foto de Edward Snowden, que revelou informações sobre os programas secretos de vigilância dos EUA e da Grã-Bretanha, durante um protesto a favor do americano em Hong Kong
(Bobby Yip/Reuters)
O governo americano pagou pelo menos 100 milhões de libras (quase 350 milhões de reais) à agência britânica de inteligência de comunicações (GCHQ, na sigla em inglês), ao longo dos últimos três anos, para garantir influência sobre os programas de espionagem do governo da Grã-Bretanha e acesso aos dados. Os pagamentos foram realizados secretamente, informou nesta quinta-feira o jornal The Guardian. Documentos divulgados pelo delator americano Edward Snowden mostram que os EUA esperavam retorno desse investimento e que a GCHQ precisava trabalhar duro para atender às demandas.
Os documentos também apontam investimentos para coletar informações pessoais de celulares e aplicativos “em qualquer lugar, a qualquer momento”. O Guardian afirma ainda que a quantidade de dados à disposição da agência aumentou cerca de 7 000% nos últimos cinco anos – mas 60% de todo o material da inteligência britânica ainda parece vir de sua equivalente nos EUA, a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês). A GCHQ culpa China e Rússia pela maioria dos ataques cibernéticos contra a Grã-Bretanha e agora trabalha com a NSA para fornecer aos militares dos dois países a capacidade de responder a esse tipo de guerra cibernética, de acordo com o material vazado pelo delator.
Satisfação – Os relatórios revelam que a grande preocupação dos britânicos era a de atender à expectativa americana e assim garantir a ajuda financeira. Por isso, chegavam a comemorar quando um dado considerado valioso era fornecido aos americanos. Um documento ressalta a “contribuição única” à NSA durante a investigação de um cidadão americano responsável por uma tentativa de atentado com carro-bomba na Times Square, em Nova York, em 2010. Não há mais detalhes sobre o episódio, mas a suspeita é de que a GCHQ tenha espionado um americano que mora nos Estados Unidos – a NSA é proibida de fazer isso pelas leis americanas, destaca o Guardian.
A reportagem cita fontes do governo britânico defendendo a parceria entre as agências de inteligência. “Em 60 anos de aliança não é nenhuma surpresa que haja projetos conjuntos nos quais recursos e expertise são associados, com benefícios para os dois lados”, disse um porta-voz do governo. Outra fonte, da área de segurança, acrescentou que “há uma relação próxima de inteligência entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos e alguns outros países, como Austrália e Canadá". "Mas nada é automático, nem tudo é compartilhado”, diz.
Fonte: Veja
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