NOVA IORQUE, EUA, 27 de setembro (C-FAM) Diplomatas e ministros de Bangladesh estão acusando uma agência da ONU de se meter em seus assuntos e enganar uma conferência internacional. O embaixador de Bangladesh na ONU atacou as ações polêmicas da agência na imprensa.
O FNUAP instruiu a delegação de Bangladesh sobre como votar e o que dizer numa conferência finalizada recentemente em Bangcoc, de acordo com o Dhaka Tribune. O jornal noticiou que os delegados se sentiram “sem jeito” porque o FNUAP pagou as despesas da delegação e colocou um representante de uma organização não governamental na delegação para pressioná-los. Os relatórios vieram de membros da delegação e outras fontes internas.
O documento da conferência está sendo abundantemente elogiado como “inovador” por declarar os direitos sexuais e reprodutivos como “indispensáveis” para o desenvolvimento sustentável e uma “parte essencial” da agenda de desenvolvimento pós-2015. Esses termos são polêmicos porque os ativistas pró-aborto e alguns dentro do sistema da ONU dizem que eles incluem o aborto.
Os relatórios lançam uma sombra sobre o resultado da conferência que teve o comparecimento de 500 delegados, ministros e autoridades de 47 países, indicando que alguns delegados estavam fazendo o papel do FNUAP e não representavam a vontade soberana de seus respectivos países.
O FNUAP mostrou suas expectativas de antemão aos delegados da conferência, instruindo-os no que dizer e como votar. Uma nota do FNUAP orientou a “deixar de votar contra quaisquer propostas em favor de serviços LGBT” e “fortemente apoiar” informações, serviços e educação de saúde sexual e reprodutiva para adolescentes.
M.M. Niazuddin, ministro da Saúde de Bangladesh, que liderou a delegação, admitiu que o FNUAP preparou um discurso para ele. Ele disse que um discurso preparado pelo embaixador de Bangladesh para a ONU era “longo demais.”
A.K. Abdul Momen, embaixador de Bangladesh e um experiente elaborador de políticas internacionais, atacou a pressão para aceitar direitos sexuais, direitos LGBT e polêmicos programas de educação sexual durante a conferência. Ele disse que a educação que está vindo do sistema da
ONU envolve ensinar crianças pré-pubescentes “como ter sexo por meio de desenhos animados.”
As revelações das táticas do FNUAP levam a perguntas sobre como ele gasta o dinheiro dos países que fazem contribuições. A agência tem sido o tema de múltiplas auditorias.
O FNUAP diz que seu orçamento de 1 bilhão de dólares vai para a facilitar a disponibilização da contracepção, combater a fístula obstétrica, reduzir a mortalidade materna e outras questões. Apenas neste ano o FNUAP organizou duas outras conferências regionais como a de Bangcoc.
Nafis Sadik, ex-diretora do FNUAP, admitiu no começo deste ano que ela usou doações do FNUAP para colocar ativistas pró-aborto em delegações governamentais em conferências internacionais. Essa notícia mais recente mina mais ainda a credibilidade do FNUAP.
A conferência foi uma oportunidade para o FNUAP colorir o jeito que os países entendem o Programa de Ação da Conferência Internacional de População e Desenvolvimento (CIPD) de 1994 — um acordo fundamental de políticas sociais da ONU.
O sistema da ONU está realizando uma revisão de 20 anos da CIPD, e conjuntamente está estabelecendo uma agenda de desenvolvimento pós-2015 para substituir as Metas de Desenvolvimento do Milênio.
O FNUAP está pressionando os países a adotar políticas polêmicas como direitos de aborto, novos direitos especiais para indivíduos LGBT e direitos sexuais para menores como prioridades para a agenda de desenvolvimento pós-2015.
Os países rejeitaram essas políticas em 1994. Várias delegações na Conferência da Ásia expressaram reservas a referências no documento final que fazem os países avançarem para a aceitação dessas políticas.
Referência e Tradução: Julio Severo
Fonte: Friday Fax
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