sábado, 4 de janeiro de 2014

Túneis de Corrupção: Siga O Dinheiro

[Imagem: 2073_metro_alstom_logo.jpg]

A corrupção no Brasil tem endereço certo, basta seguir a trilha do dinheiro e encontraremos no fim de seu rastro os mesmos malfeitores como beneficiados.

Alstom e seu legado de corrupção e exploração do Brasil a Palestina
Ter, 30 de Julho de 2013

Na última sexta-feira (19) a Federação Nacional dos Metroviários recebeu em sua sede a diretora de Relações Internacionais da Campanha Palestina contra o Muro do Apartheid, Maren Mantovani. A ativista esteve em reunião com o presidente da FENAMETRO, Paulo Pasin para tratar das ofensivas da multinacional francesa Alstom que se alastra do Brasil a Palestina, além Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) boicote econômico a produtos de Israel.

A América Latina e o Mercosul representam, segundo os defensores do BDS, o terceiro maior mercado do comércio de Israel depois dos Estados Unidos e União Europeia. O boicote poderia exercer uma pressão contra o expansionismo e a opressão de Israel sobre a população da Palestina.

Além do boicote, Maren relatou como a multinacional francesa Alstom vem contribuindo com o processo de colonização da Palestina. “A Alstom é responsável pela construção de um muro de oito metros de altura que irá separar os palestinos e israelenses”, afirmou.

[Imagem: palestina_13.jpg]

“A multinacional também está envolvida na construção e exploração de uma linha de metrô em Jerusalém”, denunciou Maren. O projeto chamado "Jerusalém Transporte Plano Diretor", promovido pelo governo israelense e a prefeitura de Jerusalém, vem impulsionando a ingerência de Israel contra o povo palestino.

A empresa Alston cumpre um papel fundamental na tentativa de Israel de fazer a sua anexação ilegal de Jerusalém Oriental palestina de forma abusiva e massacrante. “Além do processo de privatização do transporte local, o que torna a luta comum dos trabalhadores palestinos e brasileiros contra a multinacional, que também enfrentam com precarização do sistema e as relações de trabalho”.

Por isso, a luta contra o Muro do Apartheid está intrinsecamente centrada “contra a colonização e a construção de guetos através de muros, militarização, urbanizações, estradas e infraestruturas exclusivas para judeus destinados à extinção do patrimônio e o futuro do povo e contra a limpeza étnica de Jerusalém e a atual expulsão do povo palestino de suas casas”.

Mobilização internacional

Maren vem ao Brasil engrossar o movimento de resistência contra a multinacional junto com os metroviários, que sempre tiverem como eixo central uma pauta por um transporte público, gratuito e de qualidade.

Entretanto, a batalha da categoria contra a multinacional Alstom se intensificou com a implantação CBTC no metrô. Em 2008, o governo do estado de São Paulo, Geraldo Alckmim (PSDB), fechou um contrato de R$ 780 milhões para implantação do sistema em três linhas do metrô. Porém, a Alstom que sempre foi denunciada pelos metroviários não compunha nenhuma capacidade técnica para garantir com segurança o serviço proposto.

Pois bem, depois de cinco anos os testes da Linha 2 não funcionam, além disso, os metroviários que trabalham na parte técnica apontaram de forma responsável e comprometida com os usuários e os funcionários problemas sérios de segurança, que tendem se alastrar pelo novo sistema que está para ser implantado: os monotrilhos.

No entanto, nem o poder público e nem a polícia federal local não tomaram nenhuma providencia contra esta multinacional, alias, apenas o Brasil continua a selar e a preservar os contratos que estão enraizados num processo violento de corrupção.

Aos nossos olhos a única certeza que fica é que multinacional Alstom tem carta branca dos governantes para impor sua política “sangue-suga” sobre os trabalhadores, seja no Brasil ou na Palestina, deixando seu rastro de exploração à classe trabalhadora e de ataque à soberania nacional dos países por onde se impõe.

Além de prestar um desserviço e defraudar dinheiro público atribui indiretamente aos usuários do metrô a responsabilidade sobre o processo de exploração contra o povo palestino. “O brasileiro que está utilizando o metrô e pagando R$ 3 reais, está pagando uma parte da colonização palestina”, afirmou Maren.
[Imagem: 69638_377949328967449_1243903840_n.jpg]

“Para além do pedido de solidariedade aos metroviários e trabalhadores brasileiros à luta dos palestinos é preciso unidade entre os trabalhadores dos dois países contra as multinacionais. De um lado está imposta a luta de resistência do povo palestino e de outro a exploração contra aos trabalhadores metroviários. Todos contra a Alstom numa luta comum”, afirmou Maren Mantovani.

“Intercambio poético”

Além da luta de resistência contra a multinacional, Maren traz ao Brasil o projeto de autoria da jornalista Sâmia Gabriela Teixeira, que foi idealizado com um pessoal da rede de movimentos periféricos, de cunho artístico, literário e audiovisual, de intercâmbio sobre culturas de resistência das periferias daqui do Brasil e da Palestina.

Trata-se de um "intercâmbio poético" entre jovens ativistas da Palestina e da Periferia de São Paulo, a partir da vinda do Majed Abusalama, um jovem jornalista de Gaza, Qais al-Hinti, militante palestino-jordaniano da organização cultural Al Hannouneh, e dos rappers Mohamad Antar e Shadia Mansour aqui para o Brasil, para a circulação por alguns saraus periféricos, a produção de um vídeo documentário, uma coletânea bilíngue (português e árabe) de poesias periféricas brasileiras e da palestina e dois shows com artistas brasileiros e os palestinos.

Do lado de cá, a participação dos jovens rappers Sabota Jr. (filho do lendário Sabotage), do jornalista José Francisco Neto (Influência Positiva) e dos poetas Luan Luando e Jairo Periafricania, além de Saraus como Cooperifa e Perifatividade, que complementam o intercâmbio. O projeto visa contar com outros importantes nomes do cenário periférico cultural.

Para Maren é importante expandir o projeto de resistência política e cultural da Palestina com os metroviários e demais trabalhadores do Brasil.

Por Juliana Silva - Redação Fenametro
http://www.fenametro.org.br/web/index.ph...Itemid=164

Será que dessa vez vai dar em algum lugar ? As denúncias contra a Alstom são muito antigas e nunca foram adiante. Essa é de 2008:


03/06/2008

Ministério Público de SP vai investigar compras de trens
Metrô e CPTM gastaram juntas R$ 723,5 milhões em duas compras de trens da empresa Alstom realizadas sem licitaçãoMetrô utilizou contrato de 1992 para comprar 16 trens em 2005, e CPTM recorreu a contrato de 1995; empresas negam irregularidades
[Imagem: alstom+investiga.jpg]

O Ministério Público do Estado vai investigar duas compras de trens da Alstom feitas sem uma nova concorrência pelo Metrô de São Paulo e pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). As duas compras somam R$ 723,5 milhões -os trens do Metrô custaram R$ 500 milhões, e os da CPTM, R$ 223,5 milhões.

No caso do Metrô, o Tribunal de Contas do Estado apontou que a ausência de uma nova concorrência provocou prejuízo de R$ 70 milhões: se fosse feita uma nova licitação, o Metrô teria isenção de impostos.Os casos da empresas controladas pelo governo estadual foram revelados pela Folha. O promotor Silvio Marques diz que abrirá um inquérito específico sobre as compras de trens sem licitação.

O Ministério Público do Estado e o Ministério Público Federal apuram em outro inquérito o eventual pagamento de propina da Alstom para políticos tucanos.

[Imagem: alstom-psdb-300x225.jpg?w=300]

O Metrô usou um contrato de 1992 para fazer a compra de 16 trens em 2005, na gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O contrato original previa a compra de 22 trens, mas só a metade havia sido entregue. O Metrô ressuscitou um contrato que tinha 13 anos para comprar os 11 trens que faltavam e acrescentou outros cinco veículos.

Os 16 trens custaram cerca de R$ 500 milhões.No caso da CPTM, o contrato original era de 1995 e havia sido cumprido integralmente: os 12 trens da Alstom, comprados por R$ 223,5 milhões, já tinham sido entregues. O TCE considerou a compra irregular. A segunda compra não tinha nenhuma relação com a anterior: em 1995, os trens eram para uma linha da zona leste; na compra feita em 2000, os 12 trens eram para a zona sul.

No julgamento do TCE, a compra de 2005 com um contrato de 1995 "traduziu-se, singelamente, em dissimulada contratação direta, e não pode ser aprovada". Cláudio Alvarenga, conselheiro responsável pelo caso, multou os que assinaram o contrato em R$ 14.880 porque eles não cumpriram "o dever de licitar prescrito pelo artigo 37 da Constituição".O contrato de R$ 500 milhões do Metrô com a Alstom deve ser considerado irregular pelo TCE, segundo a Folha apurou.

O promotor Silvio Marques e o procurador Rodrigo de Grandis vão pedir que a Polícia Federal investigue o vazamento de papéis enviados pela Suíça sobre a Alstom, pois ele alertou os citados e inviabilizou as operações de busca.A investigação começou na Suíça e na França, onde promotores têm indícios de que a Alstom pagou US$ 6,8 milhões de comissão para obter um contrato de US$ 45 milhões do Metrô.

Na sexta, o "Estado de S. Paulo" revelou que a Alstom teria pago R$ 13,5 milhões para obter negócios da Eletropaulo.Outro ladoA CPTM e o Metrô não consideram que cometeram irregularidades ao restaurar contratos que tinham mais de dez anos para fazer compras sem uma nova concorrência. Segundo a CPTM, a lei que regulamenta as licitações não estabelece prazos para a duração de um contrato.

Ainda segundo a CPTM, não há impedimento legal para a compra de trens para uma linha e posterior redirecionamento para outra.Para o Metrô, caso o contrato com a Alstom fosse rescindido, haveria o pagamento de multas porque havia trens para serem entregues. O nível de endividamento do Estado, segundo o Metrô, também era um obstáculo à realização de uma nova licitação.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/...200822.htm

Mais sobre esse escândalo abafado em:
http://casoalstomeostucanos.zip.net/ 

VIA: Fórum Anti Nova Ordem Mundial

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