quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Planos Globais para substituição do Dólar

 
 
Tradução do artigo Global Plans to Replace the Dollar, de Bridgette Grillo, Krystal Alexander e Nicole Fletcher - http://www.voltairenet.org/Global-Plans-...the-Dollar -

«As nações já ultrapassaram o limite em subsidiar as aventuras militares dos Estados Unidos. Durante as reuniões de Junho de 2009, em Ecaterimburgo, na Rússia, os líderes mundiais, como o Presidente Hu Jintao da China e na altura o seu homólogo russo Dmitry Medvedev e outros altos funcionários das seis nações da
Organização para Cooperação de Xangai, deram o primeiro passo formal à substituição do dólar como moeda de reserva mundial.»

A admissão às reuniões foi negada aos Estados Unidos. Se os líderes mundiais forem bem sucedidos, o dólar cairá drasticamente em valor; o custo das importações, incluindo o petróleo, subirão assim como as taxas de juro.

Os estrangeiros vêm o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e a organização mundial de comércio (World Trade Organization), como os substitutos de Washington no sistema financeiro apoiado por bases militares e porta-aviões americanos que circulam à volta do globo. Mas esse domínio militar é um vestígio do império americano que não é mais capaz de governar pela força económica.

O poder militar dos EUA é musculoso, embora se baseie mais em armamento atómico e ataques aéreos a longa distância, do que em operações em terra, as quais se tornaram politicamente impopulares para serem montadas em grande escala.

Em Junho de 2009, Chris Hedges escreveu:

“os arquitectos deste novo intercâmbio global percebem que, ao quebrar o dólar também quebram o domínio militar dos Estados Unidos. Os seus gastos militares não podem ser sustentados sem este ciclo de pesados empréstimos. O orçamento oficial para a defesa dos EUA relativo ao ano fiscal de 2008 foi de $623 biliões. De acordo com a Agência Central de Inteligência, o orçamento mais próximo deste valor foi a da China, com US $65 biliões»

Para financiar a permanente economia de guerra, os EUA inundam o mundo com dólares. Os bancos centrais dos destinatários estrangeiros transformam os dólares em moeda local e ficam com um problema. Se um banco central não gastar o dinheiro nos Estados Unidos, a taxa de câmbio contra o dólar aumenta e os exportadores são penalizados.
 
Isto tem permitido que os EUA imprimam dinheiro sem contenção, comprem produtos importações e empresas estrangeiras, financiem a sua expansão militar e garantam que as nações estrangeiras, como a China continuam a comprar títulos de Tesouro americanos.

Em Julho de 2009, Presidente Medvedev ilustrou o seu apelo à substituição do dólar por uma moeda supranacional, ao sacar do bolso uma amostra da “moeda do futuro.” A moeda, que tem as palavras “Unity in Diversity”, foi cunhada na Bélgica e apresentada aos chefes das delegações do G8.

Em Setembro de 2009, a Conferência das Nações Unidas Sobre Comércio e Desenvolvimento (United Nations Conference on Trade and Development), propôs a criação de uma nova moeda que substitua o dólar como moeda de reserva. A ONU quer redesenhar o sistema de intercâmbio internacional, Bretton Woods. A formação desta moeda será a maior reforma monetária desde a II Guerra Mundial.

A China está envolvida em negócios com o Brasil e Malásia para denominar o seu comércio em yuan, enquanto a Rússia promete começar a operar com o rublo e moedas locais.

Além disso, nove países latino-americanos chegaram a acordo sobre a criação de uma moeda regional, o “sucre”, visando a redução do uso do dólar americano.

Os países, membros da Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA), bloco esquerdista idealizado pelo presidente Hugo Chávez da Venezuela, reuniram-se na Bolívia, onde prometeram prosseguir com a nova moeda para o comércio intra-regional. Os países membros do ALBA são a Venezuela, Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua, Dominica, São Vicente e Granadinas e Antígua e Barbuda.

O ciclo do suporte à permanente economia de guerra dos EUA parece estar quase no fim. Logo que o dólar deixe de inundar os bancos centrais e ninguém compre títulos do Tesouro, o império militar global americano colapsa. O impacto na vida diária para a população dos EUA pode vir a ser grave.

Os nossos autores prevêem que, além do aumento dos custos, os Estados e municípios vejam os seus fundos de pensão a serem drenados. O governo será forçado a vender infra-estruturas, incluindo estradas e transporte para empresas privadas. Imóveis comerciais e privados vão valer menos de metade do seu valor actual.
 
A equidade negativa que já assola 25 por cento dos lares americanos será expandida e incluirá quase todos os proprietários de imóveis. Vai ser difícil pedir empréstimos e impossível vender imóveis, a menos que sejam aceites perdas maciças. As lojas vazias começarão a aparecer quarteirão em quarteirão. Encerramentos serão epidémicos. Haverá longas filas para comer sopa e muitos sem abrigo.

Actualização por Michael Hudson (Global Research)

[Imagem: hudson-200x300.jpg?w=100&h=150]

Alguns países estrangeiros estão actualmente a tentar criar um sistema monetário internacional em que a poupança dos bancos centrais não financie o défice militar dos Estados Unidos.

Actualmente, os haveres em dólares estrangeiros assumem a forma de títulos do Tesouro, usados para financiar o défice orçamental interno americano (principalmente militar) e em grande parte devido aos gastos militares.

A Rússia, China, Índia e Brasil têm assumido a liderança na busca de um sistema alternativo. Mas quase nenhuma informação sobre este sistema esteve disponível nos EUA e mesmo na imprensa europeia, com excepção de uma versão mais curta do meu artigo “Desdolarização” que publiquei no Financial Times de Londres.

As discussões sobre a criação do novo sistema monetário alternativo não vieram a público. Eu fui convidado pela China para discutir as minhas opiniões com os funcionários de lá, para dar aulas em três universidades e posteriormente fui convidado a escrever as minhas propostas para o Premier Wen Jiabao, ficando pendente outra visita antes das reuniões deste ano entre a China, Rússia, Índia e Brasil, com o Irão presente na qualidade de visitante.

Agora que o euro entrou em colapso, existem poucas alternativas ao dólar como moeda de reserva. Isto implica que não há nenhuma moeda nacional, que seja um repositório de valores estável para a economia internacional.

Enquanto isso, gestores norte-americanos do dinheiro, conduzir o voo do dólar para o Brasil, China e outros países com “mercados emergentes” .

Nas circunstâncias actuais, estes países vendem os seus recursos e empresas gratuitamente — enquanto os dólares gastos para os comprar acabam nos bancos centrais, onde são reciclados em títulos de tesouro americanos, ou são usados para comprar divida da Zona Euro.

O resultado deste enigma é a pressão para acabar com a era da “livre circulação de capitais” e a introdução do controlo do capital.

Não houve quase nenhuma discussão na imprensa da minha história ou do problema em si. Os órgãos de comunicação social dos Estados Unidos e Europa, ignoraram a proposta alternativa ao actual estado das coisas.

Actualização de Fred Weir (The Christian Monitor)

[Imagem: fred-weir_mugshot_180.jpg?w=150&h=147]

Esta história ilustra um aspecto da posição russa que reflecte os distintos interesses geopolíticos desse país e como diferem do Ocidente, em termos de história, cultura e nível de desenvolvimento económico.

A Rússia herdou da antiga União Soviética, relações estreitas com muitos países que os EUA considera como “estados vilões“, incluindo o Irão, Cuba e Venezuela. Continua a existir muita simpatia oficial e pública por esses países e pela oposição ao sistema global dos Estados Unidos, apesar de Moscovo não ver grande sentido na ideologia anti-ocidental ou mesmo qualquer objectivo prático de mobilização em direcção a uma “Aliança”.

Durante a administração de George W. Bush, Moscovo viu-se sob a pressão do que é visto como as (Invasões ocidentais ao espaço pós-soviético), que os russos chamam de “vizinhança próxima”. Isto assumiu a forma de “revoluções coloridas”, ou o que os mídias ocidentais referiram como ” rebeliões a favor da democracia” na Georgia, Ucrânia, e Quirguistão, as quais removeram regimes corruptos mas amigos de Moscovo e trouxeram para o poder pró-ocidentais mais sinceros e activos.

O Kremlin, com ou sem razão, interpretou essas convulsões como tentativas promovidas e orquestradas pelos EUA para reconfigurar as lealdades políticas dos estados vizinhos com os quais a Rússia tem profundas ligações históricas. Dois desses novos líderes, Mikheil Saakashvili da Geórgia e Viktor Yushchenko da Ucrânia, tentaram colocar os seus países na via rápida em direcção da NATO, perspectiva que Rússia visualizou com algum alarme.

Outra iniciativa da era Bush e que gerou profunda hostilidade em Moscovo foi o plano para uma estação de intercepção de mísseis na vizinha Polónia, com radares associados na República Checa.

Em resposta a estas perceptíveis ameaças, a Rússia por vezes, parecia abandonar a sua maneira de cultivar relações com outros países que estavam em desacordo com os EUA, sendo este o assunto desta história. Os russos também realizaram jogos de guerra com a Marinha Venezuelana no Caribe, retomaram as patrulhas da guerra fria, à costa norte-americana e falaram sobre a revitalização de antigas bases aéreas soviéticos em Cuba
 

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