segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Você já sofreu Bullying ou Rejeição?

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Ao responder ao colega Ricardo T, sobre as relações familiares, achei que seria interessante trazer à discussão duas situações que afetam a auto-estima e a vida de todos nós, e quem sabe assim poder auxiliar pessoas que estão enfrentando, atravessando esses problemas. Separei dois artigos, de Andre Lima, que acho muito elucidativos.

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As causas e consequências para a autoestima

Quando eu era criança era muito magrinho. Recebia apelidos como "ossada" e "esqueleto". Normalmente eram crianças mais velhas que faziam isso. Eu não sabia lidar, reagia muito mal, ficava agressivo e chorava muito. Minha mãe sempre dizia que se eu simplesmente não ligasse isso acabaria. Mas ainda demorei um tempo para amadurecer, aprender e por em prática esses conselhos que realmente serviram bem.

Durante a infância temos uma necessidade maior de auto afirmação e reconhecimento. Faz parte do processo de desenvolvimento emocional da criança, que precisa se sentir importante. A forma mais saudável de receber esse reconhecimento e suprir a maior parte da necessidade de auto afirmação da criança seria através da atenção, carinho e amor vindo dos pais.

Entretanto, a maioria do pais tem diversas dificuldades para suprir a carência dos filhos: falta de equilíbrio emocional, falta de tempo e não ter consciência de como tratar os filhos. Essas dificuldades vem da própria carência dos pais que não receberam atenção e amor o suficiente quando eram crianças. Sendo assim, dificilmente conseguirão dar para os filhos aquilo que não receberam.

Devido a essa deficiência de atenção, a criança se torna insegura e vai buscar outros meios menos saudáveis para se auto afirmar. A prática do bullying é uma maneira que muitas encontram para se sentirem melhores. Quando a criança rebaixa, humilha, coloca apelido em outras crianças mais "fracas", ela se sente temporariamente superior. Isso mascara superficialmente o vazio e carência que ela carrega. Em casos extremos, a criança pode se tornar extremamente agressiva e problemática, causando terror nos coleguinhas mais fracos.

Adultos também carregam problemas de autoestima e usam mecanismos para se sentirem superiores as custas dos outros. A prática do bullying é deixada de lado, pois não seria mais aceita socialmente. Para compensar, o adulto desenvolve a prática de falar mal dos outros, julgar e criticar, e em casos mais extremos, podem se tornar extremamente arrogantes e tratar mal outras pessoas consideradas mais fracas ou menos importantes. São tentativas ilusórias de nos fazer sentir acima dos outros; isso mascara temporariamente nossos sentimentos de inferioridade.

A criança que sofre o bullying normalmente também tem problemas de autoestima e por isso tem dificuldades de se defender ou de denunciar o problema para a escola e para os adultos responsáveis. Ela será também muito mais suscetível aos apelidos e outros tipos de bulliyng verbal reagindo de forma bem negativa. E quanto mais ela resistir, pior será. Uma criança com uma melhor autoestima terá reações mais tranquilas e não dará tanto alimento para a diversão dos que tentam se sentir superior a suas custas. Assim ela acaba não sendo a vítima ideal a ser escolhida pelos praticantes de bullying.

A criança que não recebe atenção e amor suficiente pode adotar comportamentos opostos. Tem aquelas que se tornam agressivas e partem para incomodar outras crianças, e tem aquelas que se tornam tímidas e frágeis e acabam virando a vítima do bullying. A criança pode também adotar os dois tipos de comportamento dependendo do ambiente onde ela se encontra.

Já fui vítima de bullinyg mas também já infernizei por diversas vezes outras crianças mais frágeis na infância e também na adolescência. Consigo lembrar de como me sentia na época, e como isso era fruto de uma insegurança e necessidade de afirmação.

É possível então perceber claramente como o bullying envolve um amplo problema de autoestima. Não sei como isso vem sendo tratado nas escolas de forma prática. Mas algo que ajudaria muito certamente, seria esclarecer para todos os envolvidos, ou seja, as crianças e as famílias, os mecanismos inconscientes que levam o problema a ocorrer. Se for tudo explicado em linguagem acessível, a criança tem condição de entender. Cartilhas, palestras, aulas sobre o tema ajudariam a concretizar esse propósito. Essas seriam providências mais amplas a serem tomadas.

Nos casos individuais, haveria a necessidade de se conversar com a criança e com sua família para expor com clareza e sem julgamentos as razões inconscientes que estão por trás do problema do bullying. Quando reconhecemos nossos comportamentos negativos e entendemos melhor de onde eles vem, fica mais fácil mudar.

As consequências emocionais do bullying não ficam somente na infância. O adulto cresce e ainda guarda as marcas emocionais do sofrimento vivido. Muitos não tem consciência disso. Entretanto, vários dos problemas que o adulto carrega hoje como medo de se expor, medo de ser julgado, vergonha do corpo e outras questões de autoestima, podem ter sido em grande parte gerados pelo bullying sofrido na infância.

Procure lembrar da sua infância e acessar as memórias dessa situações onde você sofreu humilhações, recebeu apelidos ou apanhou. Se essas lembranças ainda trouxerem emoções negativas como raiva, medo, humilhação, vergonha, tristeza e outras, esses sentimentos estão ainda no seu campo emocional trazendo insegurança e problemas na sua autoestima agora.

Sua reação hoje as situações que aparecem na sua vida é fortemente influenciada pela carga emocional que você acumula do passado. Cada situação atual, puxa um gatilho emocional de tudo que guardamos. Se houver muito conteúdo do passado, nossa reação será mais intensa. Tudo acontece automaticamente e de forma inconsciente.

Já atendi vários casos de adultos onde precisamos trabalhar essas memórias da infância, fazendo a limpeza emocional através da EFT para que a autoestima fosse recuperada. São memórias que as vezes parecem bobas para o adultos.

Muitas pessoas sentem até vergonha de entrar em contato com lembranças infantis e reconhecer que elas ainda trazem sofrimento. O adulto tende a negar e reprimir e dizer pra si mesmo que tudo aquilo é bobagem, que foi coisa de criança. Realmente, foi coisa de criança, mas não é bobagem. Enquanto não curar os sentimentos que ficaram ali marcados a autoestima sofrerá efeitos negativos.

Tem crianças que além de sofrerem o bullying na escola, sofrem com os irmãos em casa. Em casos extremos, tem pais que praticam bullying com os próprios filhos. As vezes até acham graça da reação da criança. Não tem consciência do mal que isso provoca. Provavelmente sofreram o mesmo de seus pais quando eram crianças e agora repetem o comportamento.


REJEIÇÃO


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O Poder da Rejeição

A rejeição é uma das coisas que mais afeta a autoestima. Ainda mais quando acontece durante a infância, fase em que estamos mais vulneráveis emocionalmente. É nessa fase que o ser humano aprende gradativamente a se amar através do amor que recebe dos pais e adultos importantes à sua volta.

O alimento vital para o fortalecimento da autoestima e amadurecimento gradativo da criança é o amor incondicional. Entretanto, quando a criança não recebe esse amor e/ou sofre rejeição, ela interpreta que não tem valor, que tem algo de errado dentro de si e por isso não é digna de receber amor. "Se nem meus pais me amam, só pode ser culpa minha por algum defeito que tenho". É essa a distorcida compreensão infantil.

A criança passa a desenvolver uma autorrejeição. Não amadurece emocionalmente de forma plena e carrega marcas de insegurança na sua autoestima que permanecem mesmo depois de se tornar adulta.

Como a maioria de nós não recebe amor incondicional de forma adequada e suficiente que consiga suprir a carência durante a infância, carregamos alguma dose de autorrejeição. O gatilho da autorrejeição é puxado todas as vezes que alguém nos rejeita. É como se, em algum nível, ainda estivéssemos tendo a mesma reação infantil de achar que não temos valor quando alguém demonstra ter ficado insatisfeito conosco. Por isso é que dói tanto ser rejeitado.


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Se estivermos plenamente amadurecidos emocionalmente, não ficaremos incomodados pelo fato de alguém não nos aprovar. Entenderemos que esse não é um problema nosso e ficaremos em paz. Ou seja, a nossa autoaprovação não dependeria da aprovação dos outros.

Buscamos a aprovação das outras pessoas para que nós mesmos possamos nos aprovar. Isso nos torna dependentes emocionais, como se ainda fôssemos crianças. Ao sermos aprovados por alguém, temporariamente sentimos um bem-estar que encobre a nossa insegurança. A partir daí, buscamos mais e mais aprovação para que possamos sentir esse alívio, como se fosse um vício.

É por causa desse mecanismo que muitas pessoas se relacionam de uma forma que parece totalmente irracional com alguém que as rejeita. Para quem olha de fora é muito fácil julgar e dizer para um familiar ou amigo que ele deve se afastar de uma determinada pessoa que só lhe causa sofrimento através da rejeição. Só que esse comportamento não é guiado pela parte racional.


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Quem age dessa forma está viciado em tentar a buscar a aprovação de quem lhe rejeita, pois enquanto não ganha essa aprovação, sente que não tem valor. É uma forma infantil de se comportar que normalmente a pessoa não enxerga. Ela apenas sente um impulso de buscar a aprovação do outro, que muitas vezes só lhe dá algumas migalhas e a rejeita na maior parte do tempo. Esse é o caso de algumas mulheres que entram e permanecem em relacionamentos com homens que as traem e maltratam.

É possível também observar filhos adultos que desenvolvem esse tipo de relacionamento com os pais. Sempre são rejeitados, mas continuam fazendo tudo por eles na esperança infantil de serem aprovados em algum momento.

A rejeição tem o poder de minar a autoestima de forma tal, que as pessoas ficam escravizadas buscando aprovação incessante até mesmo de quem nunca será capaz de lhes dar. Ficam presas na ilusão de que só podem sentir seu próprio valor quando alguém lhe der valor. O impulso em buscar essa aprovação é tão forte quanto o impulso do dependente químico pela droga.


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Críticas, comparações negativas, abandono, perda de pessoas importantes, abuso psicológico, físico e sexual, bullying, indiferença, traições e decepções; tudo isso pode gerar sentimentos de rejeição. Quando essas coisas acontecem na infância, os danos à autoestima são maiores devido à imaturidade da criança. E quando a criança ficar adulta, terá bem mais dificuldade de lidar com novos episódios de rejeição. A dor sentida no momento é sempre somada às feridas que ficaram da rejeição do passado, amplificando o sentimento.

Certa vez vi em um programa de televisão que uma senhora entrou em depressão depois de ter sido traída pelo marido. Já havia se passado dez anos do fato e ela já estava casada com outra pessoa. Entretanto, a depressão ainda permanecia.

O evento da traição certamente despertou nela a sensação de não ter valor. Entretanto, um adulto que tenha uma autoestima mais fortalecida jamais desenvolveria uma depressão por tanto tempo depois de evento como esse. Provavelmente, é alguém que carrega marcas de rejeição lá da infância, seja de forma consciente ou inconsciente. O evento da traição deve ter reforçado e trazido à tona toda essa carga emocional.

Entender e descobrir o poder que tem os eventos de rejeição na nossa vida é importante. Entretanto, o fundamental é dissolver esses sentimentos para que possamos ficar em paz.

André Lima

* André Lima é psicoterapeuta da EFT - Emotional Freedom Techniques (Técnica de Libertação Emocional) – também chamada de “Acupuntura Emocional sem Agulhas”. A técnica se baseia em descobertas realizadas pelo Dr. Roger Callahan, PhD, psicólogo norte americano que também é estudioso de acupuntura e cinesiologia aplicada. 

 
Fonte: http://www.eftbr.com.br/artigos.asp
Via: Fórum Anti Nova Ordem Mundial

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