terça-feira, 12 de novembro de 2013

Como os EUA podem aprender com os EUA?

Os Estados Unidos podem aprender com os Estados Unidos. Entenda como os impostos sobre os super ricos criaram o período mais próspero da classe média Sam Pizzigati*

Nossos bilionários, a maioria dos americanos concorda, estão explorando nosso trabalho e poluindo a política. Podemos diminuir o poder deles para um tamanho mais democrático? Claro que sim. Nós, americanos, já fizemos isso antes.

Entre 1900 e 1950, os americanos médios derrubaram plutocratas tão dominantes quanto os nossos.

Um século que começou com enormes fortunas privadas e a maioria das pessoas na pobreza viu arrebatadores desenvolvimentos suburbanos onde grandes mansões existiam. A maioria de nós hoje, infelizmente, não tem ideia de que esta transformação enorme ocorreu, principalmente porque a classe média americana de meados do século 20 desapareceu. As grandes mansões voltaram.

Será que este ressurgimento dos super ricos foi uma falha de nossos antepassados ​​progressistas, os homens e mulheres que lutaram para limitar a riqueza e o poder de poucos? Nossos antepassados ​​não falharam, como eu explico no meu novo livro. Eles simplesmente não foram suficientemente longe.

Em “Os Ricos Nem Sempre Ganham: o Triunfo Esquecido Sobre a Plutocracia que Criou a Classe Média Americana”, eu falo das incríveis façanhas desses progressistas. Eles cobraram impostos dos milionários. Eles construíram um movimento sindical que funcionou como uma fiscalização sobre a ganância corporativa. Eles até domaram Wall Street.

Mas essas grandes vitórias há muito desapareceram. Como pudemos voltar a um sistema que favorece a plutocracia? Poderíamos começar por revisitar as lutas do ano passado, que não foram concluídas, e as propostas que, se tivessem se tornado leis, poderiam ter nivelado a sociedade.
Aqui estão três delas.

Um: exigir dos ricos que divulguem anualmente o quanto eles realmente pagam em impostos.

Oitenta anos atrás, assim como atualmente, a evasão fiscal era maciça. Se os contribuintes ricos sabiam que seu imposto seria aberto ao público, os reformadores argumentaram, eles pensariam duas vezes antes de praticar a evasão.


família classe média eua
 
Em 1934, os progressistas adicionaram um requisito de divulgação do código tributário. Mas o Congresso, depois de um contra-ataque, revogou-o. Mesmo assim, a ideia básica por trás disso continua tão poderosa como sempre. Basta perguntar a Mitt Romney.

Dois: aumentar o poder da fiscalização pública sobre os salários abusivos dos CEOs. O Congresso não pode determinar diretamente os limites de remuneração das empresas e os progressistas de ontem entenderam.

Mas o Congresso pode impor limites indiretamente, negando contratos do governo federal para empresas que pagam abusivamente seus altos executivos.

Em 1933, o então senador e, mais tarde, juiz da Suprema Corte Hugo Black ganhou a aprovação do Congresso para a legislação que negou contratos federais de correio aéreo para empresas que pagavam 17 500 dólares a seus executivos, cerca de 300 000 dólares hoje.

O New Deal nunca abraçou totalmente a perspectiva de Black. Poderíamos fazê-lo agora, negando contratos federais para quaisquer empresas que paguem a seus CEOs mais de 25 vezes o que ganham os seus trabalhadores.

Três: em 1942, o presidente Franklin Roosevelt propôs um imposto de 100% sobre a renda individual a partir de 25 000 dólares (o equivalente a 355 000 dólares hoje).

O Congresso recusou. Mas os legisladores definiram um imposto superior a 94% sobre rendas a partir de 200 000 dólares (cerca de 3 milhões em dinheiro atual), bem como taxas federais em torno de 90% nas duas décadas seguintes, período de prosperidade sem precedentes da classe média.

Os ricos lutaram incansavelmente para reduzir essas taxas. Eles não viram outra forma de aumentar sua renda. Mas e se nós reestruturarmos esses impostos do pós-guerra de modo a oferecer aos ricos um novo incentivo?

As maiores fortunas dos EUA teriam um interesse maior no bem estar dos mais pobres. Anos atrás, os progressistas lutaram para encorajar esse tipo de solidariedade social. Eles não puderam terminar o serviço. Nós podemos.

*Sam Pizzigati é jornalista e escritor americano, edita a “Too Much”, newsletter semanal de economia do Instituto de Estudos Políticos dos Estados Unidos. Publicado originalmente em Commom Dreams. Tradução: DCM
Fonte: Pragmatismo Político
Via: O Mensageiro Do Fim

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