A economia mundial perdeu o rumo do desenvolvimento e os interesses do capital global não coincidem com os interesses dos povos. A crise, na qual estão caindo não só os países da UE mas também os Estados Unidos, não pode acabar bem. Por que motivo isso está acontecendo, explicou à Voz da Rússia o economista, jornalista e autor de vários livros Marc Rousset.
Marc Rousset considera errada a opinião generalizada de que o culpado pela crise é unicamente o setor financeiro. Ele chama a economia moderna de “louca”, e a catástrofe à qual, em sua opinião, estão chegando os países desenvolvidos, de “programada”.
“As principais causas da crise podem ser consideradas cinco anomalias. A mais importante delas é a abandono do câmbio direto do dólar por ouro. Isso foi feito pelo presidente Nixon em 15 de agosto de 1971. A partir daquela época, a economia entrou em recessão. E, desde 1980, ela entrou numa fase de instabilidade planetária.”
Todos os meses, o Sistema da Reserva Federal (FRS, na sigla inglesa), cria do nada 85 bilhões de dólares para financiar o deficit dos EUA, lembra Rousset. A segunda anomalia, segundo sua versão, é o intercâmbio global de mercadorias. O trabalho ultra-barato nos países em desenvolvimento enfraquece a indústria dos países desenvolvidos:
“Por causa da política de livre circulação de mercadorias, que enriqueceu a China, a França em 30 anos perdeu três milhões de postos de trabalho no setor industrial.”
Isto não é um apelo a restaurar as taxas aduaneiras na fronteira da França – sozinhas, nem a França nem a Alemanha serão capazes de desenvolver, por exemplo, a indústria aeronáutica ou espacial. O cientista acredita que a livre circulação de mercadorias e as preferências devem operar dentro de toda a Europa e de outras comunidades regionais auto-sustentáveis.
O terceiro problema, do qual se esquecem os tecnocratas modernos, são os valores espirituais. A Europa de hoje está num estado de decomposição política, espiritual e demográfica, tem certeza Marc Rousset:
“Os valores espirituais tradicionais davam origem à grandeza militar e econômica da Europa e da França. Eles eram defendidos tanto por de Gaulle, como pelo marechal Petain – cada um à sua maneira. Nós não criaremos uma economia estável sem o slogan “Trabalho-Família-Pátria”. De Gaulle também defendeu o trabalho e a família com os subsídios às mães, e continuou fazendo isso depois de 1945.”
Segundo Rousset, uma economia desenvolvida é uma economia de oferta com empresas competitivas que operam não só para o mercado interno mas também para exportação. O primeiro país na Europa a entender isso, em sua opinião, foi a Alemanha.
Fonte: Voz da Rússia
Marc Rousset considera errada a opinião generalizada de que o culpado pela crise é unicamente o setor financeiro. Ele chama a economia moderna de “louca”, e a catástrofe à qual, em sua opinião, estão chegando os países desenvolvidos, de “programada”.
“As principais causas da crise podem ser consideradas cinco anomalias. A mais importante delas é a abandono do câmbio direto do dólar por ouro. Isso foi feito pelo presidente Nixon em 15 de agosto de 1971. A partir daquela época, a economia entrou em recessão. E, desde 1980, ela entrou numa fase de instabilidade planetária.”
Todos os meses, o Sistema da Reserva Federal (FRS, na sigla inglesa), cria do nada 85 bilhões de dólares para financiar o deficit dos EUA, lembra Rousset. A segunda anomalia, segundo sua versão, é o intercâmbio global de mercadorias. O trabalho ultra-barato nos países em desenvolvimento enfraquece a indústria dos países desenvolvidos:
“Por causa da política de livre circulação de mercadorias, que enriqueceu a China, a França em 30 anos perdeu três milhões de postos de trabalho no setor industrial.”
Isto não é um apelo a restaurar as taxas aduaneiras na fronteira da França – sozinhas, nem a França nem a Alemanha serão capazes de desenvolver, por exemplo, a indústria aeronáutica ou espacial. O cientista acredita que a livre circulação de mercadorias e as preferências devem operar dentro de toda a Europa e de outras comunidades regionais auto-sustentáveis.
O terceiro problema, do qual se esquecem os tecnocratas modernos, são os valores espirituais. A Europa de hoje está num estado de decomposição política, espiritual e demográfica, tem certeza Marc Rousset:
“Os valores espirituais tradicionais davam origem à grandeza militar e econômica da Europa e da França. Eles eram defendidos tanto por de Gaulle, como pelo marechal Petain – cada um à sua maneira. Nós não criaremos uma economia estável sem o slogan “Trabalho-Família-Pátria”. De Gaulle também defendeu o trabalho e a família com os subsídios às mães, e continuou fazendo isso depois de 1945.”
Segundo Rousset, uma economia desenvolvida é uma economia de oferta com empresas competitivas que operam não só para o mercado interno mas também para exportação. O primeiro país na Europa a entender isso, em sua opinião, foi a Alemanha.
Fonte: Voz da Rússia
Apesar de entender que a religião é uma das bases para a formação do caráter do homem, ULTIMAMENTE, essa mesma religião tem feito um "estrago" no mundo. Obviamente o autor faz referência a espiritualidade e não a religião. Cita o slogan "trabalho/familia/pátria", fundamental para a construção de um Estado. No entanto, quando me refiro a religião, entendo que tem sido a maior motivadora dos conflitos no mundo. Temos como exemplo o radicalismo religioso que assassina em nome de um deus.
Quanto a crise financeira européia, em alguns países, se deve também a oferta de produtos abaixo do preço de mercado, oferecidos pelos países em desenvolvimento que acarreta o enfraquecimento da indústria dos países desenvolvidos, onde gera desempregos. Sem emprego, o empobrecimento da população é questão de tempo. Sem opção de trabalho, se sujeitam a trabalharem como escravos, como é o caso da China.
Enfim, "trabalho, família/pátria", ficam em segundo plano e resulta na crise referenciada pelo autor.
Abraços...
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